quarta-feira, 22 de abril de 2009

RELAÇÃO DE MATERIAIS E EQUIPAMENTOS PARA MONTAR SEU CONSULTÓRIO PSICOPEDAGÓGICOS:(Modelo) COLABORAÇÃO DA PSICOPEDAGOGA REGINA PICOLI DE PARANÁ


http://www.noveltybrinquedos.com.br/


 Teste das Matrizes Progressivas Coloridas Raven;


 Escala de Inteligência Wechsler para Crianças (WISC – III);


 Teste Columbia de Maturidade Mental;


 Material para anamnese: entrevista semi-estruturada; formulários; fichas de avaliação e acompanhamento.


 Materiais como: lápis de cor, folhas, giz de cera, canetinhas, caneta...


 Livros que abordam temas específicos.


 Jogos para avaliação de algumas habilidades como: atendimento a ordens; nomeação de objetos e figuras; interação social; persistência e atenção; sequenciação e motricidade. Sugestão de alguns jogos:o Caixa-encaixa;o Pranchas de encaixes;o Lotos;o Tabua de pinos.


 Jogo de alfabeto móvel;


 Jogo de alfabeto ilustrado;


 Jogo de alfabeto com figuras;


 Jogo e alfabeto e sílabas;


 Jogo de alfabeto de encaixe (letra cursiva);


 Jogo de alfabeto e palavras;


 Jogo de loto leitura;


 Jogo de mico de palavras;


 Jogo de baralho para classificação;


 Jogo de carimbos (diversos);


 Conjunto de viso, perceptivo com 10 jogos;


 Bloco de construção;


 Conjunto de esquema corporal (quebra-cabeça);


 01 fazendinha;


 01 caixa quadrado vazado;


 Caixa triângulo vazado;


 Jogo de linha (matemática);


 Jogo de numerais e quantidades 0 a 9;


 16 jogos de memória (diversos);


 02 jogos de dominó associação de idéias;


 01 jogo de dominó associação geométrica;


 Jogos de dominó de frases;


 01 jogo de dominó de quantidades;


 Jogo de dominó de metade;


 Jogos de dominó de subtração;


 Jogos de dominó de multiplicação;


 Jogos de dominó de divisão silábica;


 Jogos de dominó de horas;


 Jogos de dominó de divisão;


 Jogos de divisão de figuras e fundos;


 Jogos de dominó de torre cor de rosa;


 01 casinha de encaixe;


 01 jogo de fantoches família branca (com 6 peças);


 01 jogo de fantoches família preta (com 6 peças);


 01 jogo de fantoches de animais (com 10 peças);


 Ábaco de plástico;


 Ábaco de madeira;


 09 jogos de seqüência lógica;


 Blocos lógicos;


 Quebra cabeça (diversos);


 Rádio com CD;


 01 jogo completo de Maria Montenoria;


 02 baús criativos;


 CDs de música (diversos);


 Fitas de vídeo (diversos);


 Livros de histórias (diversos);


 01 jogo CDTECA;


 Brinquedos diversos.

O CADERNO



Composição: Toquinho / Mutinho


Sou eu que vou seguir você

Do primeiro rabisco

Até o be-a-bá.

Em todos os desenhos

Coloridos vou estar

A casa, a montanha

Duas nuvens no céu

E um sol a sorrir no papel...

Sou eu que vou ser seu colega

Seus problemas ajudar a resolver

Te acompanhar nas provas

Bimestrais, você vai ver

Serei, de você, confidente fiel

Se seu pranto molhar meu papel...

Sou eu que vou ser seu amigoVou lhe dar abrigo

Se você quiser

Quando surgirem

Seus primeiros raios de mulherA vida se abrirá

Num feroz carrossel

E você vai rasgar meu papel...

O que está escrito em mim

Comigo ficará guardadoSe lhe dá prazer

A vida segue sempre em frente

O que se há de fazer...Só peço, à você

Um favor, se puder

Não me esqueçaNum canto qualquer...(2x)

quarta-feira, 15 de abril de 2009

SUGESTÕES DE MONOGRAFIAS




  • ESCOLA ESTÁ HIPERATIVA.


  • A HIPERATIVIDADE SOB UMA ABORDAGEM INTERDISCIPLINAR


  • A IMPORTÂNCIA DA ORIENTAÇÃO SEXUAL NA FORMAÇÃO DA SEXUALIDADE DA CRIANÇA


  • A PSICOPEDAGOGIA E O DESENVOLVIMENTO DA CRIATIVIDADE NO EDUCANDO


  • A IMPORTANCIA DA ESCOLA PARA O DESENVOLVIMENTO DA SEXUALIDADE INFANTIL


  • DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR NO PROCESSO DE ALFABETIZACAO


  • A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM.


  • PSICOPEDAGOGO :ESPECIALISTA EM PROBLEMS DE APRENDIZAGEM.


  • A APRENDIZAGEM PELO VIES SOCIO-CONSTRUTIVISTA


  • LITERATURA E ESCRITA: UM DESAFIO A SER SUPERADO


  • DISLEXIA: COMPREENDER PARA MELHOR EDUCAR.


  • JOGOS NUMA RELACAO ENSINO-APRENDIZAGEM


  • DIREITO À EDUCAÇÃO DOS PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS


  • A PRÁTICA DO PSICOPEDAGOGO PARA COM ALUNOS DEFICIENTE MENTAL.


  • O LIVRO DIDATICO NA CONSTRUCAO DO CONHECIMENTO


  • A IMPORTÂNCIA DO ATO DE LEREDUCACAO ESPECIAL: ESCOLA INCLUSIVA


  • O AFETO NA EDUCAÇÃO: UM NOVO OLHAR DIANTE DE ANTIGOS PROBLEMAS DO COTIDIANO.


  • A INCLUSÃO DOS DEFICIENTES NA ESCOLA


  • BRINCADEIRA É COISA SÉRIA A INFLUÊNCIA DO JOGO NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM.


  • ALUNOS PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAISE SUA INCLUSAO NA VIDA ESCOLAR


  • FASES DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL


  • LEITURA E ESCRITA: UMA REFLEXAO SOBRE A PRATICA PEDAGOGICA


  • A CONSTRUCAO DA LECTO-ESCRITA NA CLASSE DE ALFABETIZACAO-EDUCACAO INFANTIL


  • GESTÃO ESCOLAR NO PRIMEIRO SEGMENTO DO ENSINO FUNDAMENTAL.


  • HIPERATIVIDADE: UM TRANSTORNO A SER SOLUCIONADO E A DIGNIDADE A SER RESGATADA


  • DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM


  • O DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA DE 0 A 6 ANOS


  • A UTILIZAÇÃO DOS JOGOS PARA ENRIQUECIMENTO


  • REFLETINDO SOBRE A IMPORTÂNCIA DO ERRO CONSTRUTIVO NA ALFABETIZAÇÃO.


  • AS INTELIGENCIAS MULTIPLAS E O PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM


  • A EDUCAÇÃO DE CRIANÇAS ESPECIAIS.


  • DISLEXIA UMA ABORDAGEM PSICOPEDAGOGICA


  • O LUDICO NA EDUCACAO INFANTIL


  • DIFERENCAS ENTRE PROFESSOR E EDUCADOR


  • A VIOLENCIA NA ESCOLA: UMA INTERFERENCIA NA APRENDIZAGEM


  • A IMPOTÂNCIA DOS JOGOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL.


  • DANÇA: INSTRUMENTO PSICOPEDAGÓGICO.


  • DINÂMICA DE GRUPO: FONTE GERADORA DE INTEGRAÇÃO E APREDIZAGEM


  • TRANSTORNO DE DEFICIT DE ATENCAO COM HIPERATIVIDADE

CÓDIGO DE ÉTICA DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PSICOPEDAGOGIA - ABPp Reformulado pelo Conselho Nacional e Nato do biênio 95/96


CAPÍTULO I - DOS PRINCÍPIOS

Artigo 1º

A psicopedagogia é um campo de atuação em Saúde e Educação que lida com o processo de aprendizagem humana; seus padrões normais e patológicos, considerando a influência do meio _ família, escola e sociedade _ no seu desenvolvimento, utilizando procedimentos próprios da psicopedagogia.
Parágrafo único
A intervenção psicopedagógica é sempre da ordem do conhecimento relacionado com o processo de aprendizagem

Artigo 2º
A Psicopedagogia é de natureza interdisciplinar. Utiliza recursos das várias áreas do conhecimento humano para a compreensão do ato de aprender, no sentido ontogenético e filogenético, valendo-se de métodos e técnicas próprios.

Artigo 3º
O trabalho psicopedagógico é de natureza clínica e institucional, de caráter preventivo e/ou remediativo.

Artigo 4º
Estarão em condições de exercício da Psicopedagogia os profissionais graduados em 3º grau, portadores de certificados de curso de Pós-Graduação de Psicopedagogia, ministrado em estabelecimento de ensino oficial e/ou reconhecido, ou mediante direitos adquiridos, sendo indispensável submeter-se à supervisão e aconselhável trabalho de formação pessoal.

Artigo 5º
O trabalho psicopedagógico tem como objetivo: (i) promover a aprendizagem, garantindo o bem-estar das pessoas em atendimento profissional, devendo valer-se dos recursos disponíveis, incluindo a relação interprofissional; (ii) realizar pesquisas científicas no campo da Psicopedagogia.

CAPÍTULO II - DAS RESPONSABILIDADES DOS PSICOPEDAGOGOS

Artigo 6º
São deveres fundamentais dos psicopedagogos:A) Manter-se atualizado quanto aos conhecimentos científicos e técnicos que tratem o fenômeno da aprendizagem humana;B) Zelar pelo bom relacionamento com especialistas de outras áreas, mantendo uma atitude crítica, de abertura e respeito em relação às diferentes visões do mundo;C) Assumir somente as responsabilidades para as quais esteja preparado dentro dos limites da competência psicopedagógica;D) Colaborar com o progresso da Psicopedagogia;E) Difundir seus conhecimentos e prestar serviços nas agremiações de classe sempre que possível;F) Responsabilizar-se pelas avaliações feitas fornecendo ao cliente uma definição clara do seu diagnóstico;G) Preservar a identidade, parecer e/ou diagnóstico do cliente nos relatos e discussões feitos a título de exemplos e estudos de casos;H) Responsabilizar-se por crítica feita a colegas na ausência destes;I) Manter atitude de colaboração e solidariedade com colegas sem ser conivente ou acumpliciar-se, de qualquer forma, com o ato ilícito ou calúnia. O respeito e a dignidade na relação profissional são deveres fundamentais do psicopedagogo para a harmonia da classe e manutenção do conceito público.

CAPÍTULO III - DAS RELAÇÕES COM OUTRAS PROFISSÕES

Artigo 7º
O psicopedagogo procurará manter e desenvolver boas relações com os componentes das diferentes categorias profissionais, observando, para este fim, o seguinte:
A) Trabalhar nos estritos limites das atividades que lhes são reservadas;B) Reconhecer os casos pertencentes aos demais campos de especialização; encaminhando-os a profissionais habilitados e qualificados para o atendimento;

CAPÍTULO IV - DO SIGILO

Artigo 8º
O psicopedagogo está obrigado a guardar segredo sobre fatos de que tenha conhecimento em decorrência do exercício de sua atividade.
Parágrafo Único
Não se entende como quebra de sigilio, informar sobre cliente a especialistas comprometidos com o atendimento.

Artigo 9º
O psicopedagogo não revelará, como testemunha, fatos de que tenha conhecimento no exercício de seu trabalho, a menos que seja intimado a depor perante autoridade competente.

Artigo 10º
Os resultados de avaliações só serão fornecidos a terceiros interessados, mediante concordância do próprio avaliado ou do seu representante legal.

Artigo 11º
Os prontuários psicopedagógicos são documentos sigilosos e a eles não será franqueado o acesso a pessoas estranhas ao caso.

CAPÍTULO V - DAS PUBLICAÇÕES CIENTIFICAS

Artigo 12º

Na publicação de trabalhos científicos, deverão ser observadas as seguintes normas:a) A discordância ou críticas deverão ser dirigidas à matéria e não ao autor;b) Em pesquisa ou trabalho em colaboração, deverá ser dada igual ênfase aos autores, sendo de boa norma dar prioridade na enumeração dos colaboradores àquele que mais contribuir para a realização do trabalho;c) Em nenhum caso, o psicopedagogo se prevalecerá da posição hierarquia para fazer publicar em seu nome exclusivo, trabalhos executados sob sua orientação;d) Em todo trabalho científico deve ser indicada a fonte bibliográfica utilizada, bem como esclarecidas as idéias descobertas e ilustrações extraídas de cada autor.

CAPÍTULO VI - DA PUBLICIDADE PROFISSIONAL

Artigo 13º

O psicopedagogo ao promover publicamente a divulgação de seus serviços, deverá fazê-lo com exatidão e honestidade.

Artigo 14º
O psicopedagogo poderá atuar como consultor científico em organizações que visem o lucro com venda de produtos, desde que busque sempre a qualidade dos mesmos.

CAPÍTULO VII - DOS HONORÁRIOS

Artigo 15º

Os honorários deverão ser fixados com cuidado, a fim de que representem justa retribuição ao serviços prestados e devem ser contratados previamente.

CAPÍTULO VIII - DAS RELAÇÕES COM SAÚDE E EDUCAÇÃO

Artigo 16º
O psicopedagogo deve participar e refletir com as autoridades competentes sobre a organização, implantação e execução de projetos de Educação e Saúde Pública relativo às questões psicopedagógicas.

CAPÍTULO IX - DA OBSERVÂNCIA E CUMPRIMENTO DO CÓDIGO DE ÉTICA

Artigo 17º
Cabe ao psicopedagogo, por direito, e não por obrigação, seguir este código.

Artigo 18º
Cabe ao Conselho Nacional da ABPp orientar e zelar pela fiel observância dos princípios éticos da classe.

Artigo 19º
O presente código só poderá ser alterado por proposta do Conselho da ABPp e aprovado em Assembléia Geral.

CAPÍTULO X - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Artigo 20º

O presente código de ética entrou em vigor após sua aprovação em Assembléia Geral, realizada no V Encontro e II Congresso de Psicopedagogia da ABPp em 12/07/1992, e sofreu a 1ª alteração proposta pelo Congresso Nacional e Nato no biênio 95/96, sendo aprovado em 19/07/1996, na Assembléia Geral do III Congresso Brasileiro de Psicopedagogia da ABPp, da qual resultou a presente solução.

FONTE: http://www.abpp.com.br/leis_regulamentacao_etica.htm

Dificuldade de aprendizagem: falta de formação ou informação?


Este texto tem como objetivo apresentar os mais variados distúrbios que podem levar a criança a ter dificuldades em sua aprendizagem, como acontece, por exemplo, no papel da atenção, do ponto de vista neuropsicológico, destaca que são trabalhadas três redes independentes, que são a rede de orientação, de execução e de alerta. Se a criança não consegue manter-se em estado de alerta por muito tempo é necessário que o professor crie condições para que a rede executiva entre em trabalho e a criança faça a tarefa proposta. No entanto, esse tão complexo caminho é desconhecido por muitos profissionais que atendem as crianças e as rotulam como hiperativas, desatentas, lentas, entre outras nomenclaturas que acabam mostrando que a falta de formação e de informação desses profissionais contribuem para o aumento do índice de evasão. Frente a estes pressupostos teóricos, temos na prática que dificuldade de aprendizagem é a característica mais apontada pelas pesquisas para a crescente evasão escolar. Dados demonstram que é alarmante o número de crianças que saem da escola. Ceccon (1986, p. 24) destaca que apesar de a lei dizer que a educação é um direito e um dever de todos, as portas das escolas estão fechadas para muitos. Numa análise dos dados de 1986 com dados atuais, como os do INEP, percebemos que tais índices aumentam e que, além da pobreza, aspecto ressaltado por Ceccon (1986), outras nomenclaturas foram criadas para justificar o índice de evasão e repetência. Dentre eles estão o déficit de atenção, a dislexia e a hiperatividade. Segundo American Psychiatric Association (1987), as crianças hiperativas ou aquelas diagnosticadas como tendo transtorno de déficit de atenção/hieratividade (TDAH) manifestam em seu desenvolvimento níveis inapropriados de hiperatividade, impulsividade e falta de atenção, que tipicamente iniciam bem cedo na infância ou até o meio dela, sendo relativamente prevalentes em todos os ambientes e produzindo dificuldades nas principais atividades da vida. A falta de informação é o adjetivo ideal para se rotular as escolas frente às crianças com dificuldade de aprendizagem. A escola procura na família uma forma de solucionar o “problema” que ela própria não sabe qual é, nem mesmo o que fazer e muito menos que rumo tomar. A família por sua vez sente-se impotente frente à situação. Nesse jogo a criança é a maior prejudicada. Para firmarmos este ponto cabe destacar que Fischer (2002) lembra que durante o desenvolvimento, as crianças que têm hiperatividade, ou TDAH, estão sob o maior risco de dificuldades no aprendizado, reprovações escolares e relacionamentos sociais prejudicados. Du Paul (1998) e The MTA Cooperative Group (1999), ressaltam que um dos tratamentos mais efetivos e mais usados para hiperatividade/TDAH é a medicação estimulante. Destacando em suas pesquisas que cerca de 74% a 97% das crianças em idade escolar com TDAH respondem positivamente a qualquer estimulante. Estes medicamentos, ainda segundo as empresas acima, frequentemente resultam em redução notável da hiperatividade, impulsividade, falta de atenção e comportamento socialmente agressivo, enquanto aumentam vigilância, tempo de reação, persistência nas tarefas, produtividade, memória, qualidade da escrita, velocidade motora mais delicada e coordenação em geral.Frente a estes pressupostos, vemos que a falta de informação e formação é a mola propulsora para a indústria farmacéutica, que amparada pelo conselho de medicina, cresce de “vento em popa”. Segundo Godoy (2003), em uma pesquisa realizada em 2001 em Maringá – PR, 50% das crianças matriculadas em Salas de Recursos (140 crianças no total) apresentavam queixa prediagnosticada como dificuldade de atenção e de aprendizagem. Porém, o que se vê nas escolas é mais um problema de “ensinagem” do que de aprendizagem. Em outras palavras, o problema é pedagógico e não do aluno. Godoy (2003) que relata que a medicina avançou muito na compreensão das alterações estruturais e funcionais da respiração oral. A autora lamenta não ver o mesmo avanço no campo educacional, onde uma parcela significativa dos professores desconhece a importância da respiração nasal para o bem-estar físico e mental da criança, bem como para o seu desempenho escolar. Desta forma, os problemas de aprendizagem, déficit de atenção, hiperatividade, merecem aqui serem discutidos já que o conhecimento acerca do que ocorre na educação infantil, etapa básica para o desenvolvimento do indivíduo, dever da família, da sociedade e do Estado (Constituição 1988). A atenção, do ponto de vista neuropsicológico, pode ser trabalhada em três redes independentes, que são a rede de orientação, de execução e de alerta. Se a criança não consegue manter-se em estado de alerta por muito tempo é necessário que o professor crie condições para que a rede executiva entre em trabalho e a criança faça a tarefa proposta. A leitura e a escrita, por exemplo, tem sido objetos de intensas pesquisas psicológicas nos últimos anos, e a queixa mais comum nas salas de aula é de que o aluno copia tudo certo e/ou não, mas que não sabe ler (Ellis, 1995). É preciso que o professor compreenda que, para ler, escrever ou mesmo fazer uma cópia, a criança faz uso de diferentes funções do cérebro. Godoy (2003) destaca que as crianças com obstrução nasal apresentam dificuldades gerais de atenção, ou seja, problemas relacionados ao funcionamento das redes cerebrais de alerta, de execução e de orientação. Dessa forma, essas crianças têm a mesma atitude dos alunos com distúrbios de atenção, que apresentam dificuldade de concentração e de controle da atenção voluntária e seletiva. A consequência assim estará na dificuldade em selecionar estímulos, ocasionando conseqüentemente erros de atenção ao copiar e/ou resolver operações matemáticas. A criança que apre-sentar em sala esses sintomas, e tiver como professor um profissional participante da grande parcela que desconhece os caminhos percorridos pelo respirador bucal, classificará a criança como desatenta. A formação dos docentes que atuam em Centros de Educação Infantil, escolas do Ensino Fundamental e não têm conhecimento sequer superficial dos assuntos aqui tratados, é o que demonstra o censo escolar, que destaca ainda que dos professores que atuam nas creches brasileiras, 69% têm curso médio completo e apenas 12,9% possuem nível superior (UNESCO, 2003),Outro “problema”, segundo a (UNESCO, 2003) é que a graduação em Pedagogia não oferece uma formação específica para docentes da Educação Infantil. A grade curricular do curso de pedagogia nas academias colabora e, em muito, para essa falta de “formação” dos docentes. A neuropsicologia, uma disciplina que trabalha especificamente com o desenvolvimento neural, é de suma importância para a formação profissional de um indivíduo que atue na educação de crianças A importância e a necessidade de serem realizadas pesquisas nesta linha e também de uma formação que contemple o desenvolvimento da criança, se faz mais que necessária, para que posteriormente não sejam vistas nas pesquisas do INEP, bem como outros órgãos dessa mesma competência os índices alarmantes de evasão escolar, que se escoram na pobreza e na miséria como fatores de risco.



Fonte: Referências:American Psychiatric Association. Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders. 4td ed. Washington, DC: American Psychiatric Association; 1987.BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de outubro de 1988. 3ª ed. – São Paulo: Saraiva, 1988.CECCON, Claudius. Oliveira. Miguel Darcy, Oliveira. Risiska Darcy. A vida na escola e a escola da vida. 15ª ed. Vozes. Petrópolis, 1986.Du Paul GJ, Barkley RA, Connor, DF. Stimulants. In Barkley RA, ed. Attention Deficit Hyperactivity Disorder: A Handbook for Diagnosis and tratment. New York, NY: Guilford; 1998:510-551.ELLIS, Andrew W. Leitura, escrita e dislexia: uma análise cognitiva. Trad. Dayse Batista. 2ª edição – Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.FISCHER, M, BARKLEY. R. A. Young adult follow-up of hyperactive children: self-reported psychiatric disorders, comorbidity, and the role of childhood conduct problems. J Abnorm Child Psychol. 2002; 30: 463-475.GODOY, Mirian Adalgisa Bedim. Problemas de aprendizagem e de atenção em alunos com obstrução das vias aéreas superiores – dissertação de mestrado – Programa de Pós-Graduação em Educação. Universidade Estadual de Maringá, 2003.LUFT, Celso Pedro. Minidicionário Luft. 20ª ed. Editora Ática. São Paulo, 2001.The MTA Cooperative Group. A 14-month randomized clinical trial of tratment strategies for attention-deficit/hyperactivity disorder. Arch Gen Psychiatry; 1999.UNESCO: Fontes para a Educação Infantil – Brasília: UNESCO; São Paulo: Cortez; São Paulo: Fundamentação Orsa, 2003.UNESCO. Servicios Basicos para los ninos. La determinacion constante de las prioridades en materia de aprendizage. Paris, 1980.


domingo, 12 de abril de 2009

quinta-feira, 9 de abril de 2009

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CURSO DE PSICOPEDAGOGIA HOSPITALAR

Tendo em vista que as instituições precisam de profissionais qualificados na prática em saúde para contribuir na melhoria da qualidade de vida do paciente internado ou em tratamento ambulatorial, o psicopedagogo hospitalar deve ampliar seus conhecimentos e vivências, não simplesmente ter um olhar para a dificuldade de aprendizagem, como também, para os projetos, as pesquisas e os programas, pois através dessas estratégias é possível acompanhar e intervir melhor a integralidade da promoção da saúde das crianças e dos jovens.

A busca por uma qualidade de atendimento na prática em saúde deve ser norteada por estratégias de ações que possam melhorar a atuação do psicopedagogo hospitalar, podendo obter resultados significativos para o paciente.

Sobre a psicopedagogia

1. O que é a psicopedagogia?

A Psicopedagogia estuda o processo de aprendizagem e suas dificuldades, tendo, portanto, um caráter preventivo e terapêutico. Preventivamente deve atuar não só no âmbito escolar, mas alcançar a família e a comunidade, esclarecendo sobre as diferentes etapas do desenvolvimento, para que possam compreender e entender suas características evitando assim cobranças de atitudes ou pensamentos que não são próprios da idade. Terapeuticamente a psicopedagogia deve identificar, analisar, planejar, intervir através das etapas de diagnóstico e tratamento.

2. Quem são os psicopedagogos?


São profissionais preparados para atender crianças ou adolescentes com problemas de aprendizagem, atuando na sua prevenção, diagnóstico e tratamento clínico ou institucional.

3. Onde atuam?

O psicopedagogo poderá atuar em escolas e empresas (psicopedagogia institucional), na clínica (psicopedagogia clínica).

4. Como se dá o trabalho na clínica?

O psicopedagogo, através do diagnóstico clínico, irá identificar as causas dos problemas de aprendizagem. Para isto, ele usará instrumentos tais como, provas operatórias (Piaget), provas projetivas (desenhos), EOCA, anamnese.
Na clínica, o psicopedagogo fará uma entrevista inicial com os pais ou responsáveis para conversar sobre horários, quantidades de sessões, honorários, a importância da freqüência e da presença e o que ocorrer, ou seja, fará o enquadramento. Neste momento não é recomendável falar sobre o histórico do sujeito, já que isto poderá contaminar o diagnóstico interferindo no olhar do psicopedagogo sobre o sujeito. O histórico do sujeito, desde seu nascimento, será relatado ao final das sessões numa entrevista chamada anamnese, com os pais ou responsáveis.

5. O diagnostico é composto de quantas sessões?

Entre 8 a 10 sessões, sendo duas sessões por semana, com duração de 50 minutos cada.

6. E depois do diagnóstico?

O diagnóstico poderá confirmar ou não as suspeitas do psicopedagogo. O profissional poderá identificar problemas de aprendizagem. Neste caso ele indicará um tratamento psicopedagógico, mas poderá também identificar outros problemas e aí ele poderá indicar um psicólogo, um fonoaudiólogo, um neurologista, ou outro profissional a depender do caso.

7. E o tratamento psicopedagógico?

O tratamento poderá ser feito com o próprio psicopedagogo que fez o diagnóstico, ou poderá ser feito com outro psicopedagogo.
Durante o tratamento são realizadas diversas atividades, com o objetivo de identificar a melhor forma de se aprender e o que poderá estar causando este bloqueio. Para isto, o psicopedagogo utilizará recursos como jogos, desenhos, brinquedos, brincadeiras, conto de histórias, computador e outras situações que forem oportunas. A criança, muitas vezes, não consegue falar sobre seus problemas e é através de desenhos, jogos, brinquedos que ela poderá revelar a causa de sua dificuldade. É através dos jogos que a criança adquire maturidade, aprende a ter limites, aprende a ganhar e perder, desenvolve o raciocínio, aprende a se concentrar, adquire maior atenção.
O psicopedagogo solicitará, algumas vezes, as tarefas escolares, observando cadernos, olhando a organização e os possíveis erros, ajudando-o a compreender estes erros.
Irá ajudar a criança ou adolescente, a encontrar a melhor forma de estudar para que ocorra a aprendizagem, organizando, assim, o seu modelo de aprendizagem.
O profissional poderá ir até a escola para conversar com o(a) professor(a), afinal é ela que tem um contato diário com o aluno e poderá dar muitas informações que possam ajudar no tratamento.
O psicopedagogo precisa estudar muito. E muitas vezes será necessário recorrer a outro profissional para conversar, trocar idéias, pedir opiniões, ou seja, fazer uma supervisão psicopedagógica.

8. Como se dá o trabalho na Instituição?

O psicopedagogo na instituição escolar poderá:

- ajudar os professores, auxiliando-os na melhor forma de elaborar um plano de aula para que os alunos possam entender melhor as aulas;
- ajudar na elaboração do projeto pedagógico;
- orientar os professores na melhor forma de ajudar, em sala de aula, aquele aluno com dificuldades de aprendizagem;
- realizar um diagnóstico institucional para averiguar possíveis problemas pedagógicos que possam estar prejudicando o processo ensino-aprendizagem;
- encaminhar o aluno para um profissional (psicopedagogo, psicólogo, fonoaudiólogo etc) a partir de avaliações psicopedagógicos;
- conversar com os pais para fornecer orientações;
- auxiliar a direção da escola para que os profissionais da instituição possam ter um bom relacionamento entre si;
- Conversar com a criança ou adolescente quando este precisar de orientação.

9. O que é fundamental na atuação psicopedagógica?

A escuta é fundamental para que se possa conhecer como e o que o sujeito aprende, e como diz Nádia Bossa, “perceber o interjogo entre o desejo de conhecer e o de ignorar”.
O psicopedagogo também deve estar preparado para lidar com possíveis reações frente a algumas tarefas, tais como: resistências, bloqueios, sentimentos, lapsos etc.
E não parar de buscar, de conhecer, de estudar, para compreender de forma mais completa estas crianças ou adolescentes já tão criticados por não corresponderem às expectativas dos pais e professores.

Simaia Sampaio

http://www.psicopedagogiabrasil.com.br/a_psicopedagogia.htm